sábado, 13 de março de 2010

Viajar...



Teoria da Viagem - poética da geografia, do filósofo e professor francês Michel Onfray. Ele fala das diferenças entre os nômades (os que precisam estar em movimento) e os sedentários (os que preferem se enraizar), sem fazer juízo de valor, mas enaltecendo, lógico, a importância de partir e de voltar. Uma palhinha:

"O viajante concentra estes tropismos milenares: o gosto pelo movimento, a paixão pela mudança, o desejo ardoroso de mobilidade, a incapacidade visceral de comunhão gregária, a vontade de independência, o culto da liberdade e a paixão pela improvisação".

"A arte da viagem induz uma ética lúdica, uma declaração de guerra ao espaço quadriculado e à cronometragem da existência".

"Viajar supõe o desregramento de todos os sentidos".

"Viajar solicita uma abertura passiva e generosa a emoções que advém de um lugar a ser tomado em sua brutalidade primitiva".

"Há que celebrar prioritariamente o que em nós treme e eletriza, se mexe e se carrega de energia, faz oscilar a agulha do sismógrafo, em vez daquilo que apenas faz o cérebro trabalhar".

"No estrangeiro, nunca se é um estranho para si, mas sempre o mais íntimo".

2 comentários:

  1. Sim! Sempre que volto de uma viagem descubro que o pôr do sol de Porto Alegre esta ainda mais bonito.

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